segunda-feira, 28 de junho de 2010

Décimo Dia de Viagem

Acordamos e tomamos um super café-da-manhã na pousada Recanto da Chapada. Logo Tony foi nos ensinar como chegar no Poço Azul, um dos filés dessa região da Chapada. Pegamos o carro e seguimos na direção nordeste, nos orientando pelo mapa de Roberto, pelo GPS e pelas pessoas, que estavam geralmente tocando gado. Paramos antes do rio Paraguaçu, que nesta época do ano fica bem seco, dando para atravessá-lo a pé. Mais a frente, achamos a guarita e pagamos a taxa de 10 reias por pessoa. Apesar de salgada, descobrimos como vale a pena. Lá dentro, deve-se tomar uma ducha antes. Seguimos com um guia descendo para dentro da gruta, num caminho não tão fácil, mas bem facilitado.
Poço Azul: chegamos por volta de 10 da manhã. O lugar é inenarrável... lindo, indescritível! É uma gruta com corpo hídrico (um lago, esta linguagem vem do Junior) que tem uma vazão de 9 m³/s, porém muito parada, formando um espelho perfeito. Há uma entrada de luz em cima da gruta que tem a forma da Bahia ou do Brasil sem o Rio Grande do Sul. Agora, o melhor é quando, por cerca de 12:30 – somente no período de abril a setembro – bate um raio de luz e forma-se um feixe de luz azul impressionante. Nesta hora, o melhor é ninguém estar nadando, para que a água fique precisamente parada, desenhando formas no fundo. Após as fotos, pode-se flutuar com colete salva-vidas, máscara de mergulho e snoker – tudo fornecido pelo guia local, sem custo adicional. A profundidade é de 24 metros com total visibilidade do fundo, onde há formações rochosas e troncos caídos. É... maravilhoso. Nesse momento, estávamos nós e três colombianos. O guia local que estava lá, Juracir 20 e poucos anos, é muito competente, atencioso e gozador. Apelidou Junior de “o homem que não boiava”, o chamava de Doutor e corinthiano (por ele ter achado que era paulista). Chamava de Ana “a mulher que boiava demais”, porque era levada com facilidade de água, ele não conseguia tirar foto dela. Só Mari que era a “garotinha” estável, aliás, ele perguntou se ela sabia nadar, achando que ela era uma criança.
Foi ótimo.
Vimos o jogo do Brasil em Mucugê, o primeiro tempo almoçando numa churrascaria e o segundo tempo na Pousada. Que foi muito animado, menos para Junior que dormiu. No primeiro jogo, ele também dormiu e roncou lá em Januária – e todo mundo gritou GOL! sem ter gol para acordá-lo no susto.
De noite, conversamos com o guia Antonio, empolgados em fazer a travessia do Vale do Pati de Guiné a Andaraí. Diz ser esta a Santiago tupiniquim, com 3 dias de caminhada, passando por cenários tipo Senhor dos Anéis, a 6 horas de qualquer civilização – apenas tem os pontos de apoio, em casas da comunidade, que dão cama e comida típica. O único problema era aonde ficaríamos no retorno da caminhada, já que Mucugê estaria toda lotada a partir do dia 23 para a Festa de São João.
Comemos pizza na Pizzaria da Garagem, cujo os donos são jovens italianos - e a pizza é ótima. Voltamos para a pousada, arrumamos as mochilas e equipamentos e dormimos.
esta foto é o máximo: vire-a ao contrário no seu computador e... tcharam... igualzinho!
brésil?
:]
junior: o homem que não sabe boiar
Mari: o equilíbrio! haha
 Ana: a mulher que boia facilmente
era pra ser uma estrela...
12:30
cachoeira de luz
na luz azul







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