Jequié: chegamos às 22 horas. Para variar, procuramos vagas nos hotéis, e só achamos no Hotel Rio Branco (segundo o slogan: a estrela aqui é você). Preço razoável, quarto até que legal, chuveiros por energia solar (este banho e o do Camping tão ganhando de melhores até agora). Enquanto Junior procurava hotel, chegou um velhinho que limpava os vidros dos carros estacionados conversar com Mari e Ana. Ele disse “ vai ter Roberto Gil ali embaixo”. Ana perguntou “quem? Roberto Gil?” Ele respondeu “é, o Ministro...” A gente não acreditou. Depois, olhando a programação ficamos sabendo que Gilberto Gil vai tocar no sábado. Saímos para, maldizendo nossa boca, o São João procurar comida. Era uma festa na praça, até que tranquila, com um show de forró. Junior estava indignado porque na Bahia só tem Skol e Nova Schin, e ele gosta de no mínimo uma Antartica para cima. Está se contentando com a Skol, para não ficar de bico seco. Ana e Mari comeram crepe suiço, Junior panqueca, crepe e acarajé. Estavamos sentados na mesma mesa que um senhor e um caminhoneiro, por falta de mesas. Ana, achando que eram simpáticos, puxou papo. O senhor, que parecia o Zeca Diabo misturado com o Sinhosinho Mauta (baixinho, gordinho, feio, chapéu de boiadeiro, óculos com armação dourada, pulseira grossa de ouro, relógio de ouro, colar de ouro, anel de ouro... enfim Sinhosinho total) começou a falar sem parar. Falou da “onça” (sua ex mulher), dos políticos da família e da matança (“se mexer com primo meu, eu mesmo vo lá e mato”). O caminhoneiro, quando consultado sobre caminhos, apenas disse “eu conheço esse Brasilzão todo”. Saímos quando pudemos e encerramos a noite com três churros. Dormimos.
Jequié
Nenhum comentário:
Postar um comentário