terça-feira, 15 de junho de 2010

Quinto Dia de Viagem

Manhã: Acordamos, tomamos café da manhã e seguimos para o passeio de barco pelo rio São Francisco. Antes, passamos pelo verdadeiro mercado: barracas que vendem todo tipo de coisa - carne pendurada, mel, todo tipo de pimenta, farinha, todo tipo de erva, raiz, artesanato, tudo que se imagina! Quando estávamos saindo, vimos os cachorros comendo a carcaça do boi, Patricia nos contou que os vendedores matam o boi, salgam a carne, penduram e jogam os restos pros cachorros - inacreditável! Como Junior estava com o chimarrão, Ana ouviu um cara dizer "lá vai o Garunho com o seu chimarrão!" Rimos muito. Chegamos na casa do Marujo (quem levaria a gente de barco), porém ele tinha saído - depois descobrimos que ele que tinha chamado Junior de "Garucho". Esperamos ainda uma hora até Diego levar a gente de barco para conhecer o Velho Chico.
São Francisco: rio grande, muito bonito; porém com algumas pets jogadas - que viemos recolhendo - mas nada que se compare a um Tietê da vida. Aliás, a água parece ser bem limpa, e Diego, nosso guia, que também faz análise da água do rio, disse-nos que ela está potável e limpa. Passamos pela Ilha do Rodeador, onde Diego nos contou que exisitiu uma resistência dos negros com os índios que fugiram da escravidão e formaram um Quilombo naquela ilha. Ainda hoje, os quilombolas ocupam a região. Em uma das ilhas, existe uma casa de pau-à-pique com um telhado verde de pé de maracujá natural. Esta ilha, como a maioria das que lá existem, fica submersa durante a época das cheias. Paramos em uma praia e Mari e Ana tomaram um "banho", molhando só as pernas, na verdade. Júnior nos assustou pois nos lembrou que as cidades dos arredores, como Januária, jogam esgoto no rio. Tem muitos pássaros por ali - mergulhões, gaviões, patos, garças e outros - que não sabemos o nome. Vimos uma tartaruga preguiçosa tomando sol, mas ao ver nosso barco se aproximar, logo mergulhou. Muitos pescadores também. Diz-se que em Julho será a época de praia, em que os bancos de areia viram verdadeiras praias, com barracas de comida e tudo o mais, e toda a gente vem se banhar. Dá dó de ver o assoreamento do rio, tudo causado pelo não-respeito da lei que garante 30 metros de mata ciliar. Depois que voltamos, tomamos uma cerveja com os habitantes da região: Diego, Marujo, Chiquinho, Toninho - que contaram diversas histórias e nos alertaram sobre a falta de respeito com o rio Bahia acima.
Velho Chico
casa naturalmente ecológica
pato levantando vôo da água
Mari, Diego e Ana
"se ocê é mineiro, devia andar com um queijin, não com um chimarrão"
Toninho, Chiquinho, Marujo e Junior

Tarde: Depois do maravilhoso almoço, vimos o jogo do Brasil.
Noite: Fomos para o centro da cidade, perto da beira do rio, onde ficam os bares, pois a cidade estava em festa pela vitória do Brasil. Januária  é como uma cidade de praia: muita bicicleta, areia e... vááários carros de sons competindo música. Muita gente na rua, verde, amarelo, azul, rebolation. Uma confusão. Acabamos a noite comendo pizza na praça. Segundo Patricia, para quem gosta de coiss do tipo, Januária é perfeito no carnaval, apinhado de gente dançando axé e marchinhas. Vamos dormir, porque amanhã voltamos a nossa vida de natureza selvagem - pelo menos por um dia. 
a copa do mundo é nossa?!







Um comentário:

  1. Nossa! Que paisagem linda!
    A propósito, postei um comentário no dia errado!!!!rsrsrsr

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