Partida: saímos às 11 horas da manhã, em direção a Ibicoara pela trilha do Paiol, indicada por Fernando.
Trilha (mesmo!) do Paiol: trilha indicada somente para carros 4x4, com o pequeno porém de que nosso carro não é. Assim, pela trilha de pedra, terra, subidas difíceis, curvas acentuadas, o motorista Junior teve que rebolar muito para vencer os obstáculos. Chega-se à comunidade do Paiol, que é pequeníssima, com poucas casas e nenhum bar. Apesar disso, é bonitinha, toda arrumadinha com suas cerquinhas de pedra. Pelo caminho encontramos dois figuras sertanejas: o senhor Baiano e o senhor João Batista. Este último ficou desconfiadíssimo quando pedimos para tirar uma foto, Junior foi ao lado dele e acenou com a mão direita, o homenzinho, vendo isso e perdido com o momento, imitou ele, timidamente. Antes de irmos, Ana disse à ele que a foto para a internet. Rimos muito, e ele ficou na mesma. Apesar dos pesares, a vista é deslumbrante, com altitude média de 1500m – o ponto mais alto que subimos até agora na Chapada.
Ibicoara: depois de muito esforço, chegamos à Ibicoara às 14 horas e almoçamos no KIMASSA. O almoço foi tipo um PF para 3 pessoas com arroz, macarrão, aipim, feijão com farofa de copiaba e um contra-filé que foi vendido como picanha. Tentamos procurar uma pousada para ficar na cidade, já que é próxima da cachoeira do Buracão e da Fumacinha. Mas... não deu certo. Não existe um lugar decente para ficar no local - a cidade não tem infra-estrutura para o turismo. Fomos conhecer a Ecopousada do Buracão, que de ecológica não tem nada... a pousada é da prefeita, e é um horror. Por falta de opção e indignados, seguimos em direção à Mucugê.
Mucugê: cidade central geograficamente do Parque Nacional da Chapada Diamantina... é bonitinha, conservada em estilo colonial – embora Rio das Contas ainda seja mais bonita, na nossa opinião. A cidade estava toda enfeitada para a Festa de São João, cheia de bandeirinhas, enfeites de garrafa pet e panos coloridos imitando cortinas nas janelas das casas. Ligamos para todas as pousadas que constavam no nosso guia, e fomos visitar a Recanto da Chapada, que apesar de não ser a mais barata, o dono foi o mais simpático. Chegando lá, fomos muito bem recebidos por Tony, baiano de Salvador, que tem a pousada há 6 anos e que adora fazer ecoturismo. Ficamos lá. De noite, paramos em uma loja chamada Trilhos e Caminhos e lá conversamos com Roberto Sapucaia. Ciclista profissional, com 61 anos de idade, ele que faz todos os mapas de cicloturismo da Chapada, além de ser fotografo da região, escritor sobre cicloturismo e gente muito boa. Compramos o mapa mais atualizado da Chapada, com distâncias, curvas de níveis, trilhas e os pontos a serem visitadas. Ana comprou sabonetes do Capão, naturalíssimos. Também tomamos café no Café.com do Renato, de Salvador também, e recomendamos o chocolate quente e o bolo de milho de lá. No dia anterior, Mari tinha lido o livro Abril Despedaçado (do filme) que além de terem filmado em Rio das Contas, também em Mucugê. E lá constava um relato da existência de uma maca que levava os bêbados que caiam na praça de Mucugê. Mari achou que não existia mais a tal maca, mas chegando lá... demos de cara com uma maca verde em forma de caixão com frases engraçadíssimas. Confirmamos com Renato se era mesmo para levar os bêbados desmaiados, e ele confirmou, haha. Vide as fotos. Dormimos para aproveitar o dia seguinte melhor.
barragem
sertão
seu Bahia
sertanejo desconfiado
vista do Paiol
hahahaha
maca pra levar os bêbados
Junior em mucugê, com enfeites de pets
Nenhum comentário:
Postar um comentário